sábado, 28 de maio de 2011

Sobre Letras Clássicas - UFPB

Por Késia Mota
O professor Milton participou de um encontro de professores de latim, há alguns dias, em Campinas - SP, e trouxe notícias muito boas. Acho interessante comentar. Sei que não é minha hora de postar aqui, mas eu sinto que tenho que fazer isso agora.

O curso de Letras Clássicas da UFPB chamou a atenção, naquele encontro, porque parece ser o único do Brasil que forma os acadêmicos para o grego e para o latim, simultaneamente. Além disso, utiliza o método dos professores Juvino Alves Maia Junior e Henrique Murachco, talvez o mais revolucionário de todos. Mesmo na USP, o estudante de latim ou de grego (pois lá o aluno tem que optar por uma das duas línguas) leva uns três anos para começar a lidar com os textos originais. Aqui na UFPB, somos instruídos por um método tão eficiente que já no final do primeiro período (em menos de 4 meses, portanto), conseguimos fazer as primeiras traduções.

Eu sou monitora de grego desde o ano passado. Estudei Latim I, II e III e Grego I e II. Repeti a cadeira de Grego I no ano passado e estou repetindo agora novamente, pois assisto a todas as aulas, na condição de monitora. Comecei com o Latim I, em 2009.1. Fiz Grego I em 2009.2, Latim II e Grego II em 2010.1, Latim III e Grego I novamente (monitoria) em 2010.2, e agora Grego I mais uma vez (monitoria). Além disso, acompanho as aulas da pós, com o Juvino, sobre o Timeu, de Platão (uma leitura dos originais, em grego, em comparação com a tradução de Cícero para o latim). Estudamos o grego e o latim, simultaneamente, numa mesma cadeira.

O grego de Platão foi muito difícil, para mim, no início, mas estou contente com o meu  avanço, sinceramente. O latim de Cícero tem sido uma leitura tranquila.

Sinto-me privilegiada e honrada por estar na condição de discípula do Professor Juvino (e, indiretamente, do Professor Henrique Murachco), aprendendo muito sobre a minha própria língua materna, inclusive, ao aprender o grego e o latim de forma tão eficiente e tranquila. Estudo desde 2009, apenas, menos de dois anos, portanto.

Eu tenho um grande prazer em fazer uso do método do professor Juvino para ensinar a outros. Sim, com menos de 2 anos de estudo do latim, já tenho um aluno, um estudante do mestrado em Filosofia que vai estudar Descartes no doutorado e precisa estudar os textos originais, em latim. Ensino pelo mesmo método que aprendi e em poucos meses o meu aluno conseguirá traduzir Descartes. Também ensino grego a um mestrando de Filosofia Antiga, que precisa estudar os textos de Platão. Só quem conhece o método pode entender esta situação.

Infelizmente, nem todos conseguem aceitar o sucesso de um método de ensino inovador. Há quem duvide veementemente e até mesmo professores declarando em sala de aula que ninguém consegue traduzir do grego ou do latim em menos de 30 anos. Seria bom que esses críticos ferrenhos assistissem a uma aula de Latim ou de Grego I para fazer um juízo de valor com alguma fundamentação prática e objetiva.

Acho uma lástima que alguns professores tenham tanto prazer em falar mal dos colegas em sala de aula. Como aluna, fico muito desconfortável com isso. Mas fiquei especialmente incomodada em ouvir alguém falar tão mal de algo tão nobre e belo. O curso de Letras Clássicas da UFPB é um tesouro. Conheçam, por favor, antes de criticar.

Eu sou da habilitação em Língua Portuguesa. As aulas de latim e de grego são o maior presente que eu recebi desta universidade. Claro que isso não desmerece as outras áreas, deixo isso claro. Mas sou muito feliz por ter escolhido a área de clássicas. Creio que tenho trabalhado bem e estou absolutamente certa de ser muito bem conduzida pelos meus queridos professores, especialmente o nosso mestre Juvino.

Abraços a todos e obrigada.

15 comentários:

Danni disse...

Késia, compartilhamos da mesma 'indignação'. Eu não condeno as pessoas defenderem a sua linha de pesquisa, aquela que sentem prazer, mas algumas acabam denegrindo outras áreas (neste caso, a de Clássicas) para enaltecer a sua.

Alguns esquecem que todas as escolas literárias têm sua importância: Barroco, Arcadismo,(o, por vezes, injustiçado) Romantismo, Simbolismo, Parnasianismo e Modernismo (e todos os outros que não citei). Não podemos desprezar a área de Clássicas, como também não podemos desprezar todas as outras.


Acerca do ensino de Língua, posso ratificar: Tudo que você falou sobre o método de ensino de línguas clássicas aqui na UFPB é verdade. É um método que além de ensinar com rapidez e sem rodeios, ainda 'obriga' (e isso é muito bom) o aluno a se disciplinar. Aprender a estrutura da língua e por consequência a sua origem, na minha opinião, é de suma importância para o profissional de Letras, pois isto possibilitará que ele compreenda melhor a estrutura da nossa língua, o Português que, querendo alguns ou não, é uma das 'ramificações' do latim.

leonor disse...

Bem, o que percebi, Késia, foi que sua postagem tem "endereço", e foi motivada por um acontecimento específico com algum professor.

Não dá muito pra comentar com pertinência, com especificidade, por que não sei o que foi que aconteceu. E nem quero, aliás. Não quero saber de fofocas, de maldizeres.

Sendo assim, só me resta comentar com generalidades, que serão, portanto, generalidades, e talvez não sirvam exatamente para o que você pretende.

Um primeiro ponto é que eu tenho orgulho de estar num departamento que tem uma área de clássicas atuante. Quem é mais jovem não acompanhou, como eu, a quase extinção da área, na época em que não se encontrava um professor de latim "nem para remédio"! Muito menos de grego. Quase que as línguas mortas morriam de vez por aqui, o que seria absurdo. Será que só as grandes universidades do mundo podem se dar ao luxo de ter línguas clássicas, pensava eu, e nós que somos pobres não podemos?

Bem, isso passou! Aí temos nossa área de clássicas, atuante, "viva e bulindo". Maravilha.

(Hora do almoço, escrevo mais depois)

leonor disse...

Eita, era "porque não sei". Escapou na revisão!

Késia Mota disse...

Isso mesmo, Leonor. Nós que somos pobres podemos ser ricos em saber! O seu comentário é um bálsamo.

Acredito que a maioria dos professores do DLCV tem esta consciência linda de não somente respeitar, mas valorizar todas as áreas envolvidas pelo departamento em que atua.

Realmente a postagem tem endereço certo e não queremos fofocar, mas questionar.

Há muito que se questionar. É preciso questionar. "Navegar é preciso. Viver não é preciso." rs. Se houvesse precisão, não haveria questão. rs. Viajei?

Obrigada.

Jailton disse...

Késia, faço das suas palavras as minhas também! Tenho orgulho de fazer parte desta área! Especialmente de ter sido discípulo de Milton e Juvino.

Jerônimo José de Oliveira disse...

Késia Mota,
Num primeiro instante, olhei para o seu texto com certo preconceito; parecia, para mim, que você erguia uma hecatombe para si. Mas fui persistente, continuei a leitura e percebi suas reais intenções: fazer com que outras pessoas, as quais não têm ciência do altíssimo nível das aulas oferecidas na área das Letras Clássicas, percebam os loureiros que elas perdem de receber, por ignorância ou mesmo por falta de informação.

Noto que o seu texto foi motivado por algum movimento recente, um comentário maldoso, talvez, de um deus ou deusa, professor ou professora, aluno ou aluna, azêmola ou asno (com todo respeito por todas as azêmolas e por todos os asnos elencados), não faço a menor ideia, enfim, isso não importa. O que importa é que compartilho do seu sentimento de indignação, caso línguas maldosas tenham se movido com a pretensão de macular o que elas desconhecem. Nutro calorosa gratidão às aulas de grego e latim oferecidas pelo DLCV, pois, como ouvinte, já que a universidade impõe uma série de dificuldades aos alunos que migram para outras áreas (sendo eu estudante – estudante no gerundivo, rs – de filosofia), fui aluno de Grego I, Grego II e Latim I da professora Alcione Lucena, que vinha para as aulas como o coro dançante das musas transparecendo a personificação de Palas Athena na forma de professora, e aluno de Grego I (novamente) do professor Hermes Vieira, que cumpria o seu papel de deus mensageiro do saber. Infelizmente não tenho tempo para continuar meus estudos de Letras Clássicas agora, mas anuncio que é apenas um projeto adiado.

Késia, felizmente você é apenas um exemplo de quem teve um mundo de saber aberto a partir do amor e dedicação pelas letras clássicas. Além do seu exemplo – me permita enaltecer você não ser a única pessoa presenteada – dois amigos meus fazem mestrado em filosofia antiga e traduzem alguns fragmentos de Platão devido às aulas de grego que tiveram utilizando a apostila dos professores Juvino e Murachco, outro amigo traduz do latim textos de Descartes também graças ao curso pelo método da apostila do professor Juvino Alves Maia Junior, eu mesmo já traduzi alguns fragmentos do Tractatus de Pedro Hispano, mesmo tendo estudado apenas um período de latim, tamanha é a eficácia do método de ensino. Além disso, convivo com outros monitores de latim que estão nesta área de pesquisa, seja na literatura ou na língua. Enfim, temos motivos suficientes para considerar qualquer comentário infundado sobre o estudo de letras clássicas da UFPB meros flatus vocis.

Prisciane disse...

Nossa Késia, aprovo tudo que você falou aqui, é uma verdade.

Acredito que não só eu, mas todos aqueles que levam a área de Clássicas com muita seriedade entendem a grande participação e a importância dos nossos maravilhosos professores nesse alto nível de ensino das línguas no curso de Letras Clássicas da UFPB. De verdade, todo mérito a esses professores que acreditaram no sucesso do curso aqui na Paraíba, na sua expansão, e nos deu a incrível oportunidade de caminharmos com eles nessa tão grande empreitada.
Muitos tratam o grego e o latim como “línguas mortas” usando a expressão para minimizar o valor de tais línguas, o que causa uma grande ruptura entre os períodos anteriores de uma língua e toda sua cultura com o momento atual dela. Isso rompe o equilíbrio dialético entre a tradição, essência e a sua modernização.
Não entendo porque tantos se levantam contra, mas prefiro pensar que se existe alguém que queira desvalorizar e desmerecer as línguas clássicas Késia, é porque esse enxerga que o curso de Clássicas está tomando proporções consideráveis hoje e esse fato com certeza está causando medo.
Mas é assim mesmo, enquanto tem uns que se levantam contra, tem muitos que não se sentem nem um pouquinho desestimulado por isso. Nós simplesmente amamos o que fazemos.

Túlio disse...

Concordo plenamente com o discurso da Késia. E nós, como alunos da área, devemos mostrar, na prática, que tais comentários não são verdadeiros.

Querendo ou não, o aluno de clássicas é levado, assim como a Danni falou, a se disciplinar e, à medida que aprendemos acerca da estrutura do grego e do latim, nós ganhamos intimidade com a estrutura da nossa lingua materna.

Então, bola pra frente! rs

leonor disse...

Ah, mas eu tenho um segundo ponto! Ou vocês pensaram que eu não ia escrever mais? Haha.

Meu segundo ponto é uma pitadinha de sal no que escrevi antes. Mas peraí, deixa repetir: não sei qual evento desagradável motivou o comentário de Késia, e nem quero saber, por isso estou apenas comentando generalidades.

O sal? Ah, é que algumas vezes, provavelmente por defesa, ou para marcar território, os alunos de clássicas acabam correndo o perigo de ir muito para o extremo.

Por exemplo: que a única língua que presta é a literária. Ou: que não é preciso conhecer as ideias linguísticas do nosso século, porque tudo o que queremos saber é sobre as línguas clássicas, e sobre as línguas clássicas os clássicos já disseram tudo o que era pertinente. Enfim, estou exagerando, claro. Mas vocês podem -- depois que passar a vontade de me esganar -- pensar que às vezes ficamos tão imersos num assunto que acabamos por descuidar do entorno. Completamente discordo que tenhamos de pensar linguisticamente como pensavam "clássicos".

Sei que Danni não tem horizontes curtos, então vou comentar uma coisinha que ela falou, deixando claro que *sou eu* que estou exagerando, e não foi ela. Danni escreveu que conhecer o latim é importante para compreender a estrutura do português. Olhe, eu até concordo, mas de uma maneira bem geral, que não é o que costumo ouvir dos alunos de clássicas.

Português não é latim. Essa ideia de que conhecer latim é bom pra conhecer português é muito cheia de buracos. Conhecer latim é bom especialmente para entender a motivação (metalinguística) do vocabulário e das categorias da gramática tradicional do português. Além de certas tendências de mudança (diacrônicas). O que não é pouco, mas não é -- aff, não me batam! -- nem essencial nem suficiente.

É isso. Conhecer latim é bom para um professor de português atual? SIM! Latim clássico é modelo para o português? NÃO.

FInalmente: estudar latim é um exercício de disciplina de estudo, que serve para a vida toda? SIM. Igual a saber programar em, digamos, C++ ou Java ou HTML/XML? SIM. Precisa ser latim? NÃO.

Bem, chega, né?

Túlio disse...

Bem, já vi que a Leonor tá gostando da discussão então eu gostaria que você, professora, nos esclarecesse a respeito do latim comparado à linguagens de computador.

Acho que a questão do português não ficou muito claro no meu discurso e no discurso da Danni.

O curso de clássicas é, basicamente, um curso de tradução (afinal, é preciso saber, antes de mais nada, do que o texto se trata antes de partir para um estudo, analise, etc).

Obviamente, o latim e o português são linguas distintas. Mas, é preciso ter algum conhecimento da nossa própria lingua, para compreendermos a estrutura do latim (pelo menos da parte sintática é imprescindível que haja tal conhecimento por parte do aluno).

Não sei se entendi direito o que a Leonor quis dizer a respeito com a comparação. Mas acho que discordo um pouquinho na comparação com linguagens de computador. Concordo, quando a professora se refere ao latim clássico (e eu estou achando que é sobre isso o que a professora Leonor quer dizer). Discordo, caso a Leonor se refira à lingua (latina) em um contexto geral. O latim clássico sofreu modificações conforme as mudanças surgiam no latim de uma maneira geral.

Outra coisa, o nosso curso visa, majoritariamente o estudo das linguas clássicas. Mas nada nos impede de estudamos a lingua latina sob outros aspectos: Peças de teatro, textos teóricos, fragmentos de poemas, frases com conteúdo do latim vulgar (falado), etc.

Então, mesmo que a comparação com linguagens de computador sejam a respeito do latim clássico, ainda assim, não é uma comparação "redonda", perfeita.

Veja bem, não estou depreciando as linguagens de computador, que,aliás, eu particularmente adoro. Só acho que os processos evolutivos destes elementos são muito mais mecânicos e imediatistas do que o processo sofrido no latim clássico.

leonor disse...

Túlio, a comparação com linguagens de computador estava relacionada exclusivamente à afirmação (que Danni fez com pertinência mas que eu vejo ser proferida numa forma exagerada por aí) de que estudar latim é algo que favorece a disciplina de estudo *porque estudar latim tem algo de intrinsecamente valioso para disciplina de estudo.*

Ouço falas que sugerem, ou mesmo explicitam, que os métodos de ensinar latim (principalmente os não-juvinianos) são o que há de melhor para o estudo em geral.

Quero dizer: vejo por aí (não em Danni) uma espécie de saudosismo irrefletido, que associa o estudo do latim ao desenvolvimento de todas as virtudes desejáveis num estudante. Foi contra isso que escrevi. Veja que falei nisso num parágrafo à parte, lá no final do meu comentário.

Então, desenvolvendo um pouco minha opinião SOBRE ESSE PEDACINHO: acredito que estudar latim pode, sim, desenvolver as habilidades de estudo e leitura. Mas isso não vem por causa de algum virtude especial do latim.

Essas habilidades de estudo também podem ser desenvolvidas com o estudo de outras coisas. Latim é ótimo. Outras coisas também.

É possível programar numa linguagem de computadores e fazer uma grande meleca, que até funcione mas que seja impossível de corrigir ou atualizar, por exemplo. Um estudo de programação que seja motivado e exigente quanto aos detalhes do código pode, assim como o estudo motivado e exigente do latim, desenvolver a capacidade de revisão, de atenção ao detalhe, etc.

Ou seja, minha posição geralmente é: viva o latim! Viva a literatura! Viva a ciência! Viva a tecnologia! Viva a responsabilidade no ensino e no estudo!

Quis defender, então, que latim não é mágico. Sei que você sabe disso, mas eu também gosto de provocar. O que é "mágico", e extremamente construtivo, na minha opinião, é estudar e ensinar e pesquisar de maneira motivada, entusiasmada, e séria, sem deixar passar os detalhes "de qualquer jeito".

Túlio disse...

Agora, sim. Concordo com você, Leonor. :)

Danni disse...

Hello, pessoas, o debate esquentou por aqui!
Leonor, entendi tudo o que você falou e compreendo o seu argumento de que o que disse muitas vezes é proferido por aí como discurso único e irrefutável, mas no meu caso não é. Só fui pontual, afinal, fui testemunha dos mesmos acontecimentos (e até mais vezes) que Késia e sei muito bem a opinião dos que falam mal por aí. Por isso que falei da literatura em meu comentário, pois, nesta área, não é só a língua que é atacada, a Literatura também!
Repito com as mesmas palavras o que disse no primeiro comentário: "Não podemos desprezar a área de Clássicas, como também não podemos desprezar todas as outras." Ou seja, cada uma tem sua importância.
;D

Késia Mota disse...

Olá, queridos,

Não tinha imaginado que o debate aqui tomaria as proporções que tomaram. Mas eu gosto disso [rsrs]. Alguém já me perguntou se eu tive um "arranca-rabo" com a professora. Não, não tive nenhuma discussão, acho que seria infrutífero. Preferi trazer o assunto ao blog, um espaço dos estudantes de Letras onde todos são bem-vindos. Dizem que o assunto já está pela Praça da Alegria. Que bom! Espero que todos estejam refletindo conscientemente.

Pergunto: as letras clássicas morreram, por acaso? O latim e o grego clássico são tidos por "línguas mortas". Será mesmo que Platão, Aristóteles, Homero, Sêneca, Cícero etc estão mortos? Jamais!

Estudar letras clássicas é estudar Filosofia. Estudar letras clássicas é estudar Literatura. Estudar letras clássicas é estudar Linguística etc. Sempre será, venham as novidades que vierem. Serão boas novidades, ok. Mas não enterram os estudos clássicos. Ao contrário, sempre terão laços com o mundo clássico. A sintaxe e a semântica dos casos, só para citar um exemplo, que o diga. Estou enganada?

Há muitos campos para a pesquisa em torno das letras. Se todo mundo resolver estudar apenas uma área, como será? Não será. Cada um deve escolher uma área e trabalhar com afinco e boa qualidade. É assim que deve ser.

Seja como for, acho muito difícil alguém imaginar que daria certo se todos os pesquisadores dos estudos clássicos no mundo deixassem de lado o mundo clássico para trabalhar questões "atuais". Na verdade, o mundo clássico sempre será atual.

Estudar o novo, claro que sim. Mas estudar o novo pretendendo matar o clássico é impossível.

É isso.

Rodrigo Sacramento disse...

Nossa, a parte final do texto parece fofoquinha lamurienta de adolescente cheia de não-me-toque. Que é isso... Se o método apresenta falhas, é importante apontá-las. Vou começar a frequentar esse curso neste semestre e com a experiência que eu tive observando a qualidade do corpo docente do departamento de Letras, já me dispo de qualquer ilusão de que essa porcaria vá me ensinar algo que eu já não saiba ou que possa aprender melhor pesquisando na net.